quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Inovação e competitividade na economia nacional

12/01/2011 - Luciano Coutinho

Publicação: Revista Indústria Brasileira

A revitalização da economia mundial na era pós-crise e a promoção do desenvolvimento sustentado e sustentável representam os maiores desafios que se impõem à nova geração de líderes e tomadores de decisão mundiais.

Os resultados das políticas de estímulo à economia, adotados pelos países industriais avançados, não surtiu os efeitos esperados e a economia global parece viver a ameaça de uma nova onda de recessão.

Convergindo para o esforço de retomar o crescimento mundial, os chefes de Estado e de Governo, reuniram-se na Cúpula do G20, e comprometeram-se a evitar as desvalorizações competitivas e a trabalhar para reduzir os desequilíbrios mundiais, o que pode significar um avanço em direção ao final da "guerra cambial" e à retomada da Rodada de Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC), fundamental para chegar a um acordo que propicie um comércio mundial mais justo entre os países.

Neste cenário de desequilíbrio da economia mundial, a brasileira tem exibido altas taxas de crescimento, em grande medida devido ao fortalecimento do seu amplo mercado doméstico. A economia brasileira apresenta-se com capacidade de manter o crescimento em ritmo acelerado e medidas que previnam a volta da vulnerabilidade externa devem ser tomadas, de forma a defletir riscos que comprometam o desenvolvimento sustentado do País.

Mas o aumento da presença nos mercados internacionais somente será possível, através da ampliação da inovação, e da adesão, sem precedentes, das empresas brasileiras a essa causa.

Os dados da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec 2008), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), consubstanciam essa idéia. Os resultados mostram apenas avanços marginais, e agrava-se a situação, se compararmos com os países asiáticos, demonstrando que ainda existe um grande esforço a ser realizado pelas empresas brasileiras e um aprofundamento necessário, no âmbito das políticas públicas.

Em outra frente, o saldo comercial tem apresentado retração motivada por um maior aumento das importações em relação às exportações. Assim, soma-se à necessidade de ampliar a inovação o imperativo de fortalecer as exportações brasileiras, priorizando a produção de produtos com maior conteúdo tecnológico. Por essa razão, o Governo brasileiro prevê um estímulo maior ao comércio internacional, por meio do aperfeiçoamento e ampliação do sistema de financiamento às exportações.

A inovação e as exportações ganham relevância e tornam-se prioridades da Política de Desenvolvimento Produtivo para o próximo ciclo de Governo, assumindo o papel estratégico de indutores do desenvolvimento sustentado do Brasil, para gerar mais e melhores empregos, atender as demandas da sociedade em diversas áreas, como a educação, saúde e meio ambiente, e reduzir as desigualdades sociais e regionais do País.

Fonte: http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=4022748151710530633

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